Quando era bem novinha minha rotina era integralmente me dedicar a dança. Minha mãe era minha companheira – foi ela que assistia nossos mini shows em frente da tv. Foi ela que comprava os dvds para aprendermos todos os passos.
Nada se comparava aquela sensação de acertar uma coreografia e ter que ensinar a minha irmã. Eu não parava até chegar a exaustão. Era uma ansiedade tremenda e uma sensação excitante chegar em casa e deparar com novos ritmos para aprender. Verificava o molejo dos bailarinos, o acompanhava pra só assim conseguir acertar tudo que foi ensinado.
Depois que eu cresci, as responsabilidades foram aumentando. A dança foi deixada de lado para dá lugar a nova rotina. Por vezes tentei reviver aquela época, não conseguia passar horas assistindo aulas e mais aulas. Considerei que tava mesmo enferrujada.
E por vezes eu perguntava: Cadê aquele encanto?
Tirei a conclusão que na verdade sinto falta daquele excitante mundo colorido, da pureza de criança e do êxtase por pequenas novidades.
A lição que eu pude tirar: Será que em muitas situações confundimos sentir falta de alguém com saudade da nossas próprias sensações?
Sabe, eu acho, sim, que a saudade seja legítima. Mas também concordo que nem sempre ela é direcionada a outra pessoa! Às vezes, isso é mais sobre nós mesmos.
Eu não acho que posso afirmar que sinto falta de todos que já passaram por mim. Na verdade, eu tenho saudade é de quem eu fui, daquela que eu era ao lado de cada um. Como uma criança que cresceu e já não vê mais a mesma graça em dançar com uma pequena plateia (minha mãe) e se achar a Joelma, mas que gostaria muito de trazer para hoje aquele mesmo encanto puro e singelo da sensação de um nova dança aprendida.
Confira alguns outros posts sobre Um sobrenome chamado saudade do projeto Vai um café:
Texto da Aline Molleri do blog Hipermetropia
Texto da Silva Souza do blog Reflexões e angústias
Texto da Bruna do blog Divergências vitais
Texto da pitaquinha do Blog Pitacos e achados
Texto da Liley do blog Liley Carla
Texto da Letícia do blog Os benefícios de beber café
Realmente é bom relembrar de quem fomos, nossos antigos gostos e pensar: Cara como eu gostei disso?
E ver que muitas coisas não tem a mesma graça, por a gente não as achar tão especiais. Talvez tentar resgatar essas sensações e fazer tudo como se fosse a primeira vez nos ajude a não perder o encanto das coisas simples do cotidiano.
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vdd ❤
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Acredito muito que a saudade que sentimos tem a ver com nossas próprias sensações e experiências. Aliás, acho que tudo o que sentimos funciona assim. Nós nunca conhecemos o outro de fato (muitas vezes, não conhecemos a nós mesmos por completo). O que vivemos nessa vida é baseado em nossas forma de ver e sentir cada coisa. É um relacionamento sempre muito pessoal, mesmo quando não parece. Quando sentimos falta de alguém, por exemplo, sentimos falta de como aquela pessoa nos fazia sentir e o mesmo vale para experiências. Criamos relação com tudo e com todos a partir de nós mesmos. Por mais coletivo que o mundo seja – ou devesse ser – a vida é sempre uma jornada individual 🙂
Beijos
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Está aí o que deveria ter escrito. Pensando bem é isso msm, tudo que sentimos tem av com nós mesmos.
Muito sábia. Obrigada pelo comentário. Um beijo
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Alane adorei teu ponto de vista sobre a saudade, quando hoje foi muito mais fácil escrevermos sobre aqueles que já passaram em nossa vida e temos saudades..
Me fez parar para pensar que eu também tenho saudades de quem eu fui em diversos momentos, as vezes muitas das minhas saudades estão mais ligadas à quem eu fui do que eu tive.
Abraços ❤
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Que bom linda! Tbm penso assim. Beijo
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Gostei do teu ponto de vista, nada como ainda sentir saudade apenas de nós mesmos. O problema é quando a vida começa a nos levar muitas pessoas amadas. Aí sim fica complicado. Adorei teu texto, Alane. Que bom que o grupo proporcionou essa reflexão no dia de hoje para tantas pessoas!
Um beijo.
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Li o seu agora. E realmente sentir saudade de alguém q n tá aqui fisicamenteé doloroso ddemais. Eu posso até imaginar, olho para as pessoas q amo como referencial e a gente nuncca quer sentir essa saudade insuportável. Eu tinha dois anos.. lembro qnd ela oferecia aquela comida que eu axava nojenta e a proxima lembrança é ela dentro do caixão na minha sala e com varias pessoas chorando ao redor.(bisavó) Eu era tão pequena e n sabia o q tava acontecendo. É uma experiencia marcante mas n ganha tanta proporções como se fosse hj, se eu realmente tivesse conhecido ela. Não queria escrever sobre isso pq de fato é um terreno desconhecido p mim. Um beijo.
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Muito lindo o texto!
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Obrigada corujinha rs ❤
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Oi Alane!
A saudade do que fomos, fizemos, da personalidade que era e já mudou realmente é bem intensa em alguns momentos, né! Por outro lado é bom evoluir também, nem tudo o que muda é ruim.
Mas a saudade de termos tempo, da tranquilidade de ser criança realmente não tem como evitar! rsrs
Fiquei pensativa depois do seu post. 🙂
E que fofa marcando o pessoal! ❤
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É quase inevitável sentirmos um pouco de saudade de quem fomos… talvez não por termos mudado, mas por momentos que passamos e nos quais fomos felizes…
Muitas vezes, desejamos voltar a sentir as mesmas sensações. Mas é impossível!
O importante é tentarmos nos construir para sermos aquilo que admiramos.
Um beijo grande!
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Obrigada Silva. Um beijo ❤
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Somos uma mistura de coisas… às vezes é isso mesmo, saudade daquilo que fomos.
Beijos!
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Obrigaada pela visita. Bjus ❤
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Muito bom linda!! Bjs
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Obrigada ❤
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Sabe do eu gostaria de fazer?
De entrar numa máquina do tempo e poder ir ter com a criança q eu fui. Brincar, dar dicas, ou simplesmente, só olhar.
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tbm ❤
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“Será que em muitas situações confundimos sentir falta de alguém com saudade da nossas próprias sensações?” – Tenho certeza que sim, Alane, embora obviamente a saudade em si também exista.
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“Sabe, eu acho, sim, que a saudade seja legítima. Mas também concordo que nem sempre ela é direcionada a outra pessoa! Às vezes, isso é mais sobre nós mesmos.” Obg Thais ❤
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Tenho me identificado muito com seus posts…
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linda ❤
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